Eu estava devendo esse post já há algum tempo. Comecei meu safari no Parque Nacional Kruger com a maior inveja do mundo, pois contratamos um carro simples e assim que chegamos lá me deparei com aqueles carros cinematográficos grandões e todos abertos. A minha viagem à Nelspruit não tinha objetivo turístico, então o tempinho que tive disponível agarrei a oportunidade de fazer o safari e teve que ser num carro comum de passeio, pois todas agências que ligamos não tinham mais disponibilidade. Mal eu sabia que o carro de passeio é “o que há” para desfrutar um safari com total liberdade.
Ao começarmos a rodar pelas parque, percebi que nos “carrões” apenas as pessoas que ficam na “janela” tem o privilégio dos melhores ângulos para as fotos, pois às vezes os animais vão mata adentro rapidamente e outras vezes eles estão camuflados na paisagem. Eu fui sozinha no banco traseiro e fiquei livre para sacar fotos de ambos os lados, uma mão na roda! Uma outra vantagem do carro particular é que você para a hora que quer e permanece parado quanto tempo quiser. Nós, por exemplo, quando finalmente localizamos o leão, ele estava dormindo e ficamos “marcando um 10”, para que a fera acordasse. Apesar das vantagens grandiosas do carro de passeio, ainda pretendo fazer um safari num carrão daqueles, pois é muito “welcome to the jungle”.
O Kruger é gigantesco, repleto de biodiversidade e oferece uma experiência original de se estar no meio da selva, além da enorme possibilidade de ver os “cinco grandes” ( big five) – leão, elefante, búfalo, rinoceronte e leopardo. Desses só não consegui ver o leopardo, considerado o mais difícil devido ao hábito de ficar sobre as árvores. A vegetação do Kruger não é tão baixinha, para quem deseja fazer safari num local de vegetação tipo savana, indico o Serengeti, na Tanzania.
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Rinoceronte Branco |
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Búfalo |
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Javali |
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Hoje a tarde aqui na selva quem dorme é o leão (e de patinhas abertas) |
Hospedar-se em Neslpruit dificulta a ida ao Kruger( ficamos hospedados no Protea). Levamos praticamente 1 hora até lá. Caso eu fosse especificamente para fazer o safari, ficaria hospedada dentro do próprio parque, que apesar de um pouco mais caro proporciona a experiência de dormir ali na selva, o que deve ser indescritível. Uma outra vantagem é fazer “games” de meio dia -ficar o dia inteiro rodando de carro atrás dos bichos chega a dar enjôo- ou fazer “games” noturnos.
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Babuínos |
Conheço pessoas que fizeram o Kruger, alugando carro particular no próprio parque ou partindo de Moçambique. É preciso definir bem aonde vai se realizar a saída do parque para não se perder ou correr o risco de se afastar muito dela próximo ao horário do fechamento do parque. Podemos comprar um mapa nos diversos acampamentos dentro do Kruger.
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Logo no primeiro acampamento que paramos encontramos esse informativo diário de onde foram vistos algumas das espécies |
Há muito sul africanos que vão ao Kruger para uma simples tarde de piquenique. Nos acampamentos existem mesinhas com churrasqueira, daí as famílias só precisam trazer um pequeno butijão de gás e a carne! Nós improvisamos o piquenique, provando o churrasco de kudu (antílope) que vendia lá mesmo. Muito gostoso!
Depois da parada as energias ficam revigoradas e a busca pelo genuíno continua com a força total!
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Acredito que seja uma Nyala fêmea |
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Macacos, amo muito |
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Waterbuck, uma espécie entre os tantos antílopes existentes no Kruger |
Uma das partes mais emocionantes da viagem foi correr da manada de elefantes. Eles tinham ido até um rio para beber água, com isso um volume grande de carros parou para apreciar. Só faltou tocar Hakunamatata de tão harmônica que estava a cena, porém o momento de paz foi interrompido, quando os elefantes decidiram sair e atravessar a estrada de uma só vez, onde exatamente estavam os carros parados de forma desorganizada. Imaginem a confusão, era gente dando ré, era gente indo pra frente, era gente indo pra direita e outros pra esquerda ao som estridente da manada correndo. Cheguei a pensar que não daria tempo, meu coração quase saltou. Felizmente saímos do caminho, alguns poucos carros continuaram e a manada passou entre eles. Fico pensando até hoje na emoção que aquelas pessoas sentiram. Rss
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Saindo do rio |
Paramos no acampamento Lower Sabie para o almoço. O restaurante dá vista para o rio, de onde se pode observar hipopótamos e algumas aves.
A gente vê tanta coisa legal e interessante na estrada que a vontade de parar só vem quando estamos muito apertados, enjoados ou com fome. Levei comigo no carro alguns biscoitos, balas e água. É bom não exagerar na quantidade de água para não passar aperto, enquanto se dirige a caminho de um acampamento.
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Esse escaravelho fazia bolinha com as fezes de animais para carregar facilmente |
Depois de ver de pertinho o hipopótamo que fica horas boiando, "nem aí" para nada , fica muito díficil olhar uma pessoa preguiçosa sem lembrar do bichinho.
No final do dia, eu estava muito cansada, mas muito satisfeita por ter visto aqueles animais todos em seu ambiente natural. Eles estavam ali bem onde a natureza lhes presenteou com toda sorte de alimento e eu a espreitar toda sorte de beleza que há naquelas cenas, as quais espero que não saiam da minha memória tão cedo.
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Crocodilo |
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