"[O] Homem teme [o] Tempo, [e] ainda [o] tempo teme as Pirâmides.” Provérbio Árabe
A primeira coisa que se imagina ao se aproximar das pirâmides de Gizé é como que tamanha arquitetura foi construída com a tecnologia disponível em acerca de 2500 a.c.
Há duas teorias, a primeira delas coloca a geopolimerização como responsável pelo processo de transformação de uma massa de cal, areia e salitre em blocos de pedra, a massa seria carregada por trabalhadores até um local estratégico,onde seria seca em molde de madeira. Dessa forma é explicado também o perfeito assentamento entre os blocos. Já a segunda teoria aponta para o domínio egípicio na arte da extração e carregamento de blocos de pedras, esses blocos pesariam centenas de toneladas. Essa teoria tem sua fundamentação numa pedreira abandonada em Assuã, na qual existe um obelisco de granito inacabado pesando mais de mil toneladas. Eu considero a primeira teoria mais factível, já a nossa guia egípcia, Doa, disse que a segunda não é uma teoria, mas sim um fato.
Fomos de carro para Gizé com o tour contratado no próprio aeroporto (veja mais). Fiquei impressionada com os arredores do campo, em que se localizam as pirâmides e a Esfinge. Eu já viajei para o Cairo ciente de que as pirâmides de Gizé não estavam localizadas numa área remota, contrariamente, sabia que havia hotéis luxuosos muito próximo a elas, mas o que eu não contava era que construções simples e mal acabadas, semelhantes as que encontramos nas favelas do Rio, estivessem há dez passos dos muros que isolam a áreas dos monumentos. É nisso que reside o fato mais interessante das pirâmides de Gizé para mim, não houve por parte do poder público nenhuma ação de modo a evitar esse crescimento urbano, a maioria dos que estão a habitar ali, respiram e vivem desse turismo.
Ao meu lado esquerdo as Pirâmides, ao meu lado direito residências
Comércio Local em Gizé
Existe mais de uma possibilidade de visitar as pirâmides: caminhando, a cavalo, de camelo ou de charrete. O clima do local é muito quente, principalmente no fim de tarde, pois está localizado ao oeste do Rio Nilo, onde o sol se põe. Após termos pago 60 liras turcas para entrar no local, vimos Queops, que é a maior das pirâmides com 160m de altura.
Não entramos na pirâmide, pois dentro dela não existe nada, nesse quesito valeu a super visita ao museu do Cairo (ver mais). Doa, nossa guia, nos recomendou subir na pirâmide e lá fomos nós. Já estamos feras nisso, já que subimos a pirâmide Coba, no México. Brincadeiras a parte, é possível subir só um trecho de Queops, diferentemente de Coba.
Posteriormente nosso motorista nos levou por um caminho, em que pudemos avistar Miquerinos, logo depois Quefren e a Esfinge. Doa chamou uma menina e entregou minha máquina a ela, fiquei assustada, pois a garota segurou na minha mão e a colocou numa posição sem lógica e tirou uma foto minha. Repetidas vezes, ela me ajeitava e fotografava habilidosamente, o que me deixava mais curiosa ainda. Quando ela me mostrou o conjunto de fotos que havia feito, eu não sabia se achava engraçado e mostrava para o Guilherme, que ainda estava fixado na figura da Esfinge, ou se agradecia a adolescente. Eram fotos, em que eu segurava a pirâmide, beijava a Esfinge e até mesmo colocava os meus óculos nela. Como a nosso diligente fotógrafa, havia outras crianças fazendo o mesmo serviço, fico pensando como deve ser a vida dessas crianças, que desde muito cedo encaram um sol fortíssimo pelo seu sustento.
Posteriormente nosso motorista nos levou por um caminho, em que pudemos avistar Miquerinos, logo depois Quefren e a Esfinge. Doa chamou uma menina e entregou minha máquina a ela, fiquei assustada, pois a garota segurou na minha mão e a colocou numa posição sem lógica e tirou uma foto minha. Repetidas vezes, ela me ajeitava e fotografava habilidosamente, o que me deixava mais curiosa ainda. Quando ela me mostrou o conjunto de fotos que havia feito, eu não sabia se achava engraçado e mostrava para o Guilherme, que ainda estava fixado na figura da Esfinge, ou se agradecia a adolescente. Eram fotos, em que eu segurava a pirâmide, beijava a Esfinge e até mesmo colocava os meus óculos nela. Como a nosso diligente fotógrafa, havia outras crianças fazendo o mesmo serviço, fico pensando como deve ser a vida dessas crianças, que desde muito cedo encaram um sol fortíssimo pelo seu sustento.
Andar pelo local, onde estão localizadas as pirâmides e a Esfinge, seria completamente prazeroso, se não fossem os ambulantes que tentam lhe empurrar tudo desde cartões postais e tiradas de fotos a passeio de camelos. Acho super válido o trabalho de todos, mas a situação se torna indesejada, pois eles não se conformam com um simples "não,obrigada", ficam te seguindo sem parar de falar. Doa nos orientou a não dar não, muito menos obrigada, fingimos não ouvir. Em Cancun passamos pela mesma situação, o que fazia com que perdessemos o precioso tempo de quem viaja e tem em mente o que quer ver e aprender. Passamos por diversas situações desagradáveis no Cairo em detrimento desse comportamento dos locais quererem arrancar o dinheiro que você tem e não tem. Escrevi sobre isso nos outros posts sobre o Egito.
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