segunda-feira, 27 de maio de 2013

Cairo, uma cidade amarela



Viajar para o Egito e conhecer as pirâmides para mim era algo inimaginável há algum tempo. Desde que vi a primeira foto de uma pessoa amiga em frente as pirâmides de Gizé, essa idéia começou a mudar. O maior barato de viajar é tornar verídicas as coisas que parecem somente existir nos livros de história ou em guides tour. A viagem ao Cairo começou com a idéia de ir à Istambul, pois é uma das conexões quando se parte de Nampula, Moçambique.



O visto (stamp) é obtido, ao chegar no aeroporto do Cairo, pagando-se uma valor de 15 usd num banco em frente a entrada das conexões internacionais. Com esse stamp, nos dirigimos para a migração, que o colou em nosso passaporte e carimbou. No baggage claim fomos abordados por um homem, que era funcionário de uma companhia de tours. Ele nos apresentou um cartão oficial do aeroporto e lhes demos a oportunidade de falar sobre o seu serviço. Já sabia que fazer turismo no egito não era tarefa fácil e tranquila, quando risquei no papel todos os lugares que gostaria de conhecer nos meus dois dias, pensei que táxi seria a opção mais viável, apesar de eu gostar de pegar ônibus, trem e metrô, imergindo na vida dos cidadãos do lugar visitado. Vi em muitos blogs de viagem o problema da cobrança do "tip" (dica) e das várias cobranças indevidas pelos serviços prestados. Juntando o fato do pouco tempo disponível com os inconvenientes que um turista pode passar no Egito optamos por contratar um serviço de motorista e guia. Visitamos em dois dias o Cairo museum, as pirâmides de Gizé, a citadela de Saladino, o bairro copto, o mercado khan-el-kalili, caminhamos pelo centro histórico e fizemos um cruzeiro no Nilo. Tudo isso com muita calma, já que não perdemos tempo tentando achar os lugares. O Ahmed, nosso motorista e agora amigo, era muito pontual e esperto, sempre que acabávamos de visitar algum ponto, bastava o telefonema de Doa, nossa guia, para ele aparecer a poucos passos da saída. Ao longo do caminho do aeroporto para o hotel, ele foi nos mostrando outras coisas que aquela cidade opaca e amarela que vimos do avião podia oferecer.
Vista do avião do Cairo

O trânsito no Egito merecia um capítulo a parte se eu fosse comentar as tantas barberagens que vi. Senti que os egípcios não respeitam as prioridades no trânsito, acredito que tão pouco ele as tenham. Ahmed nos perguntou se no Brasil andávamos em fila, respondi que sim, pois qualquer trânsito das várias cidades que conheci, por mais caótico que seja, parece ser uma fila frente ao trânsito egípcio. Reparei que todos os carros, do mais novo ao mais velho, são cheios de arranhões nas laterais e traseiras. Reparando mais um pouco, percebi que o trânsito parecia "carrinho bate bate" de parque de diversões, todo mundo quer andar ao mesmo tempo num espaço muito pequeno, basta uma brechinha no trânsito que um carro que está atras tenta ultrapassar o da frente, ocasionando um efeito em cascata para os carros que estão a montante. Garanto que alugar um carro para dirigir lá não é uma feliz idéia.

Ficamos hospedados no Paris Hostel, que pelo tripadvisor parecia ser muito jeitoso, apesar das reclamações do local não ter elevador. Ignoramos a reclamação, pois como o Egito era simplesmente um"plus" da nossa viagem à Turquia não queríamos gastar muito. Chegando no local ficamos muito surpresos, porque o prédio era velho de rachar, o elevador parado parecia de filme de terror e a arquitetura era composta por teias de aranha. Vencemos os três andares para chegar ao Hostel com a ajuda do Ahmed. Realmente os comentários dos outros turistas não estavam errados, mas o hostel era bem limpo e a decoração rústica era harmoniosa. Os donos eram super simpáticos e os funcionários muito solícitos. A vista de nossa varanda dizia que os prédios da vizinhança estavam todos em quase mesmo estado. o centro da cidade tem muitos prédio, cuja a arquitetura é inglesa, mas apresentam conservação fora dos padrões britânicos, apesar de todo o aspecto de cidade abandonada, havia algo de nostálgico no cairo antigo, não me arrependo de ter escolhido essa parte para me hospedar, foi uma sensação ímpar, principalmente para eu que adoro uma construção antiga.

Para quem deseja conhecer o Cairo, mas não quer passar por tantos perrengues, indico ficar as margens do Nilo, próximo a Gizé, lá os hotéis são luxuosos, oferecem diversas atrações noturnas e o preço, apesar de ser caro se comparado as demais hospedagens no Egito, é barato a nível Europa.

 Prédios da vizinhança


Entrada do Paris Hostel


Edifícios padrão Inglês no centro do Cairo

3 comentários:

  1. Dica de Guia falando portugues em Egito

    http://glaucoadams.com/egito-dica-de-guia-turistico/#comments

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  2. OlA a todos.
    e muito bom ver amigos brasileiros escrevendo sobre egito bastante detalhes ,mas acho para conocer egito de verdade precisa de ver e conocer atraves de falar com as pessoas andar pelo as ruas ,eu sou egípcio ,faz 10 anos trabalhando com brasileiros como guia TAMBEM EU SOU egiptologo, no caso de precisar de ajuda ,não fique com dúvida escrever para mim e ter contato comigo meu e-mil e
    egipto_1000@hotmail.com

    bastante dicas sobre mim como guia voce acha nesse site

    http://viagemfantastica.com/dica-de-guia-turistico-no-egito/

    Abraço,

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